quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Operação combate tráfico de drogas em Esteio e Sapucaia do Sul
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Ofensiva da Polícia Civil desativou 66 pontos usados para comércio de entorpecentes. Após oito meses de investigação, objetivo da operação é terminar com o narcotráfico na cidade. A operação contra o tráfico de drogas foi deflagrada pela Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira em Esteio e Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. A ofensiva, denominada "Iceberg", tem o objetivo de cumprir 76 mandados de busca e apreensão e 63 mandados de prisão temporária. Quarenta e nove pessoas foram presas. Cerca de 400 policiais civis participam da ofensiva.
A partir da infiltração de dois inspetores do Denarc que viveram entre consumidores de crack, de cocaína e de maconha na cidade, foram mapeados cerca de 70 pontos de venda de entorpecentes, sendo 50 no município e outros 20 na vizinha Sapucaia do Sul. São 62 mandados de prisão, sendo que 49 já foram cumpridos, e outros 76 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 350 policiais participam da ação que visa prende 11 quadrilhas associadas para o tráfico.
A maioria dos detidos são pessoas conhecidas em Esteio, de diferentes níveis sociais, como empresários, comerciantes, taxistas, motorista de transporte escolar e frentistas de posto de combustíveis, fomentando o tráfico de drogas em praticamente toda a cidade.
Autorizados pelo Judiciário e com a anuência do Ministério Público, os policiais, disfarçados, aos poucos, passaram a frequentar as bocas de fumo sem despertar desconfianças. Ganhando confiança entre os vendedores, por vezes até comiam na mesa dos traficantes, compravam drogas em porções que variavam de R$ 10 a R$ 30 — verba cedida pelo Estado.
As investidas foram gravadas em áudio e vídeo. O resultado: dezenas de horas de filmagens, nas quais homens e mulheres foram flagrados embalando e vendendo drogas — inclusive entre crianças — recebendo dinheiro, dando troco e enaltecendo as qualidades da droga.
A ofensiva consumiu oito meses de investigações, sendo três deles com os dois agentes em "campo", mergulhados no submundo das drogas. O trabalho ganhou nome de Operação Iceberg — porque o tráfico é considerado a ponta da pirâmide criminosa, cuja base são crimes com furtos, assaltos, roubos de carros, homicídios e latrocínios.
Responsável pelo trabalho, o delegado Mario Souza, da Delegacia de Operações Especiais do Denarc, enfatiza que a ofensiva usou ferramentas de investigação oficializadas pela Lei Federal 12.850, sancionada em agosto, que define regras de investigação para obter provas contra o crime organizado.
A coletânea de evidências, reunidas pela polícia em um DVD, convenceu o judiciário a decretar 130 mandados judiciais, 63 deles prisões preventivas. A partir de agora, o objetivo do Denarc é deflagrar a segunda etapa da Operação Iceberg, chegando nos fornecedores das drogas. Uma das hipóteses é obter as informações dos presos, oferecendo a eles a colaboração premiada — também prevista na nova lei de repressão ao crime organizado, que permite, com aval do MP e do Judiciário, redução de penas ou até mesmo o perdão judicial.
Fonte Zero Hora e Correio do Povo
Postado por WM Internet
as 09:19
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